Mais jovem integrante da Academia Paulista de Letras, o escritor Gabriel Chalita, 45, toma posse nesta quinta (11) na presidência da instituição. A cerimônia será às 12h30, em almoço com imortais na sede da APL, no largo do Arouche (centro de São Paulo).

Chalita é autor de mais de 40 livros, como o volume de poemas Estações, de 2006, reeditado em 2010 pela Globo, e Mulheres de Água – Contos sobre o Universo Feminino, de 2007, relançado neste ano pela Planeta.

Ocupante desde 2006 da cadeira número 5 da APL, concorreu como candidato único à presidência da instituição para o biênio 2015/2016, após ter o nome lançado pelos ex-presidentes Ives Gandra da Silva Martins, José Renato Nalini e Antonio Penteado Mendonça.

Foi eleito por unanimidade, com 35 votos, na quinta (4), na sede da academia, com a presença de imortais como Lygia Fagundes Telles, Mauricio de Sousa, Juca de Oliveira e Eros Grau.

“É um privilégio conviver com escritores que, com olhares e registros diferentes, criam conceitos e personagens que permanecem formando nossa identidade”, diz o escritor, professor da PUC-SP e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e deputado federal pelo PMDB-SP até janeiro (não concorreu nas últimas eleições).

A prioridade do presidente será ampliar a interlocução com a sociedade, atraindo jovens escritores, estimulando pesquisas na biblioteca da APL e organizando eventos.

O principal desses eventos, uma feira literária com participação de grandes nomes da literatura internacional, já vem sendo costurado.

“Estamos formatando o projeto e conversando com os organizadores da Feira de Frankfurt [maior evento editorial do mundo] para uma parceria. Queremos valorizar as bibliotecas e livrarias de São Paulo, levando-as a participar da feira. Vamos espalhar escritores e contadores de história pela cidade”, diz.

Com cerca de 10 milhões de livros vendidos e conhecido pelo trabalho na área da educação, Chalita pretende ainda estimular a formação de leitores. “Precisamos do engajamento dos educadores, dos pais e da mídia. Fico feliz quando vejo crianças manuseando livros, lendo. Mas precisamos de mais.”

Fonte: Folha de S. Paulo | Data: 11/12/2014

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